Chester Bennington - Sobre Dead by Sunrise

20 de agosto de 2009

Veja abaixo a tradução do conteúdo do about no widgt da Dead by Sunrise:

Vocês conhecem o vocal. Com o Linkin Park, essa voz já compartilhou palco com Paul McCartney, Jay-Z, Alice In Chains, The Doors, Perry Farrell. Já ganhou 4 American Music Awards, quatro MTV Video Music Awards e dois Grammys, e também já fez milhares de shows ao redor do mundo. No momento é a voz por trás da música principal do filme do ano, Transformers: Revenge of The Fallen. E é uma voz que é amada e reverenciada por fãs no mundo todo. É, vocês conhecem a voz do Chester Bennington.

E agora saindo um pouco do Linkin Park, no "Out Of Ashes", o primeiro álbum do novo projeto de Chester, o Dead By Sunrise com, Bennington, Ryan Shuck e Amir Derakh, antigos membros do Orgy e atuais membros do Juliek-K, Brandon Belsky, Elias Andra e Anthony "FU" Valcic. Bennington dá aos fãs um olhar revelador sobre o homem por trás da voz. “Só eu escrevi as letras, e fui direto ao pronto, bem reto, e fui muito pessoal em relação às letras desse álbum,” Bennington diz em relação ao sua primeira jornada fora do Linkin Park. “Eu cheguei ao ponto que pensei, ok, é hora de real.”

O quão real era, surpreendeu até o próprio Chester. "Let Down" foi sobre a experiência de mi divorciar,” ele diz. “Eu sei quem eu sou, que sou uma pessoa romântica, que gosto de estar apaixonado. Não quero repertir as mesmas coisas que aconteceram no meu relacionamento antigo de novo.”

Pra falar a verdade, ambos, o nome da banda e do álbum vieram da honestidade de Bennington no trabalho. “Tudo isso veio de eu pensar, literalmente, se eu conseguiria ou não, se eu estaria aqui para ver o dia seguinte“, diz Chester sobre o nome da banda. “Houve momentos onde eu não estava com certeza, mas ainda bem que eu estive a um momento. O nome do álbum, "Out Of Ashes", é outro argumento literal, como se eu tivesse queimado aquela casa antiga e refeito uma nova.”

Sentindo-se libertado e podendo escrever sobre seus problemas reais e sua vida real, Chester não tem problema em expôr seus problemas. A dor dele é documentada em músicas como "Let Down" e a bem profunda "Inside Of Me", onde ele confessa, “What the hell is wrong with me/This isn’t who I’m supposed to be.” (O que raios há de errado comigo? Esse não é quem eu deveria ser).

Mas esse tormento não é tão aparente em lugar algum quanto ele é no single "Crawl Back In", onde Chester partilha suas dúvidas e receios em relação à seu vício. “É uma música sobre, sentir como se eu não tivesse minha própria identidade e, ao mesmo tempo, sentir que você deseja nunca ter nascido“, ele diz. “Essa música vem do que você sente quando está viciado em algo.”

Chester cava bem mais fundo em relação à seu vício em "My Suffering", na qual ele canta: “I’ve seen the devil in a smile/I’ve found salvation in a vile/My happy ending exists only in my dreams.” (Eu vi o demônio em um sorriso/Eu encontrei salvação em uma vila/Meu final feliz só existe em meus sonhos).

Diferente de muitos artistas, Chester não tem problema com compartilhar seu passado sombrio e os problemas pelos quais ele passou. “Eu não tenho problema algum em saber que já tive problema com bebidas“, ele diz. “Isso é só quem eu sou, é sobre isso que eu escrevo, isso é o que eu faço. A maioria do meu trabalho tem sido um reflexo do que eu já passei de algum jeito ou de outro. Minha vida estava se acabando, então eu escrevi sobre se divorciar, e falando também sobre se afundar no álcool e nas drogas durante o processo.”

Isso pode ser sentido musicalmente também. Durante a coleção de 12 músicas, o DBS se move cheio de abilidades durante as explosões bem conhecidas de Chester, como em “Fire” e a frenética energia de "My Suffering", e alguns momentos bem calmos, com uma melodia bonita e devagar que é encontrada em "Let Down", e ritmicamente hipnotizante em "Walking In Circles".

Como ele disse, uma nova casa foi construída. E da dor dele, Bennington encontrou o amor, que é celebrado em "Give Me Your Name", uma música que ele escreveu sobre pedir a mão de sua atual mulher em casamento, e também em "Into The Darkness", que ele descreve como “O ato de fazer amor com alguém com quem você sente um amor profundo.”

Essas pequenas informações sobre Chester, o romântico, são geralmente o que você escuta no trabalho dele com o Linkin Park. “Eu acredito que a sexualidade e a franqueza bem aberta dessas músicas são uma diferença do que o Linkin Park teria feito“, ele diz.

Enquanto Chester está bem orgulhoso do Out Of Ashes, ele quer que os fãs do LP no mundo do todo entendam que o Dead By Sunrise é só mais um veículo para o Chester, não um substituto.

" Todos no Linkin Park me apóiam com isso“, ele diz. “Somos todos bem ligados e honestos um com o outro. Se esses caras tivesse qualquer preocupação em relação se o álbum ía ou nãoatrapalhar a banda ou nos distanciar de fazer um álbum muito bom, eles teriam me dito e o álbum não estaria saindo. Até se o álbum estivesse pronto, eu esperaria até o momento certo para poder lançá-lo".

E isso não é conversa fiada. O projeto na verdade começou como um álbum solo do Chester em 2005 enquanto o LP estava dando uma pausa. Mas depois dessa pequena pausa, o LP foi direto aos estúdios para gravar o líder das paradas Minutes To Midnight, colocando o Dead By Sunrise na espera por 3 anos – 18 meses de gravação, e 18 meses de turnê. O Out Of Ashes tem sido feito em 4 anos durante intervalos, uma jornada grande o suficeinte para deixar espaço para algumas mudanças e reviravoltas, o primeiro deles sendo a fusão de um projeto solo em uma banda.

Chester explica como o Dead By Sunrise nasceu. "Eu sou um grande amigo do Ryan e do Amir", ele diz. "O Orgy tinha acabado de se separar, e eu pedi para eles me ajudarem a produzir essas músicas que tinha acabado de escrever. Começamos a trabalhar nelas numa noite, esses caras me chamaram e me disseram "Ei, se importa se dermos uma bagunçadinha com essas faixas e ver o que podemos fazer com elas, porque temos algumas idéias e acho seria bem legal", eu disse "Eu te dou total poder de fazer o que vocês quiserem com essas faixas, mandem a ver". Ao fazer isso, eles começaram a tocar umas coisas no fundo, e as mudanças das músicas e as reviravoltas que eles tinham feito na música me deixaram bem surpreendido".

O próximo passo na evolução do Out Of Ashes veio três anos depois, quando Howard Benson (My Chemical Romance, P.O.D., Papa Roach) entrou no projeto como produtor do álbum. "Pareceu que nós tinhamos trabalhado no álbum por tanto tempo, apesar de o tempo de trabalho bruto ter sido oito ou nove meses", diz Bennington. "O Howard trouxe um novo entusiasmo e uma nova energia para o processo que meio que tínhamos perdido, porque era difícil ficar voltando ao pique às vezes."

O Benson também trouxe um senso de desafio para o DBS "Assim que começamos a trabalhar nos vocais, era tudo muito novo. Ele estava meio que tipo, com o pensamento de "Vamos mostrar às pessoas o que você pode fazer com sua voz". lembra Chester.

Enquanto pode ter sido um tempinho grande no processo de criação do álbum, assim que pronto, tudo provou ter valido a pena, ambos os fãs (que poderão ver o máximo da voz de grande rockeiro) e até o próprio Chester. "Sinto de verdade que fiz algo grande", ele diz em relação ao Dead By Sunrise, "porque algo original, com significado, e viável saiu dessa experiência. E não é só um projeto paralelo. Sinto-me como se tivesse criado uma banda com um novo som. É algo muito grande para mim e estou bem orgulhoso dele."

Créditos: lpinside.com.br

Por: Vinícius Bennigton

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